sexta-feira, setembro 14, 2007

o verde

Durante algum tempo fiz coisas antigas como chorar e sentir saudade da maneira mais humana possível: fiz coisas antigas e humanas como se elas me solucionassem. Não solucionaram. Então fui penetrando de leve numa região esverdeada em direção a qualquer coisa como uma lembrança depois da qual não haveria depois. Era talvez uma coisa tão antiga e tão humana quanto qualquer outra, mas não tentei defini-la. Deixei que o verde se espalhasse e os olhos quase fechados e os ouvidos separassem do som dos pingos da chuva batendo sobre os telhados de zinco uma voz que crescia numa história contada devagar como se eu ainda fosse menino e ainda houvesse tias solteironas pelos corredores contando histórias em dias de chuva e sonhos fritos em açúcar e canela e manteiga. (Caio Fernando Abreu)

2 comentários:

  1. mUiTo ITeReSANTe QUi aS PESSOPAs PENSeM ASSIm TODO MUNDO PASsa PoR aLGO SeMELHaNTe a ESSa HISTòRIA SE NAO PASsOu aINDa VaIO PaSSaR EsSa HiSTòRI PARa mIm È De GRNDa IPoRTâNCIA TODaS NÒS FaZEMOS COiSaS QUi DePOIS QUi O TeMpO PAssA RIMoS POIS È MUiTO ENGRaSSaDO SeRTaS COiSaS Da ViDa...

    (jÔ GONCaLVeS)

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  2. Olá, Josiene [https://www.blogger.com/profile/17896965933821614398] ! Estava revendo umas postagens antigas no meu blog e percebi que nunca lhe agradeci pelo seu comentário! Foi uma falha minha muito grande! Peço mil desculpas a você e aproveito para lhe agradecer: Muito obrigado! Espero ver você por aqui novamente! Um forte abraço!

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